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A mostrar mensagens de 2017

O incendiário florestal

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Portugal sofre nestes dias por culpa dos incêndios, pelos seus trágicos efeitos, a forma como os prevenimos, combatemos e como os responsáveis políticos lidam com o assunto. Há que dizer algo de uma forma clara e objectiva: a piromania é uma perturbação rara e muito difícil de diagnosticar, não tem uma frequência observável e as motivações podem ser inúmeras, pelo que a ideia de que as autoridades têm uma lista de presumíveis incendiários é totalmente falsa, mas têm algumas pessoas identificadas com antecedentes ou suspeitas, e apoiam-se nos dados que resultaram num perfil amplamente divulgado na comunicação social após os acontecimentos deste verão em Pedrogão, onde se podia ler em letras gordas: “Solteiro, desempregado, perturbado e iletrado.” Assim ficou classificado para o público em geral o perfil do incendiário florestal, mas será que o retrato do país real e do nosso interior é assim tão diferente? Será um território onde abunda o emprego, as oportunidades e o acesso ao ensino?

Super Empreendedores

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Muitos empreendedores bem-sucedidos são olhados pela maioria do público em geral como carismáticos super-heróis que conquistaram o sucesso de forma rápida, mas na verdade estão longe de imaginar o quão demorado, sinuoso e vertiginoso foi esse escalar, e o preço a pagar por ele. Na verdade, no início da sua caminhada, os empreendedores coleccionam, mesmo dentro de um negócio que muito estudaram e conhecem em pormenor, vários papéis mas onde não são verdadeiros especialistas, trazendo com isso inúmeros contratempos que, pela inexperiência na sua resolução, obriga-os a gastar mais tempo e energia, negligenciando a sua própria saúde, alimentação, descanso e tempo de qualidade para eles e a sua família. Dito isto, não será surpreendente descobrir que este processo deixa marcas profundas nas suas vidas e na dos que os rodeiam, por mais hábeis que sejam a camuflá-las. Mas será apenas o stress inerente às suas funções e tarefas que os faz sentir ansiosos, deprimidos e questionar até as s

Inteligência Emocional- As emoções são contagiosas!

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No que toca aos negócios, até 90% das competências profissionais que determinam melhores resultados estão relacionadas com a inteligência emocional. Os líderes e managers que têm um Quociente Emocional (QE) mais alto, tomam melhores decisões, são capazes de aumentar os níveis de compromisso e foco dos funcionários com a estratégia, e influenciam a produtividade nas vendas melhorando o atendimento ao cliente entre outros aspectos. Ter um QE alto é muito mais que ser agradável, simpático e amável, pois implica compreender, gerir, expressar e contagiar emoções. O processo de comunicação é muito mais complexo do que fazer uma simples comunicação, sendo que a maioria da comunicação entre indivíduos é não-verbal, e não estamos a falar apenas dos gestos, mas também e principalmente do tipo de discurso, do tom, das expressões faciais e até os movimentos oculares. Uma pessoa com poucos recursos ao nível da Inteligência Emocional terá dificuldades em avaliar se a sua mensagem passou clara

Depressão Pós-Moderna

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Depressão: angústia, dopamina, tristeza, serotonina, medicamentos, vazio, suicídio ou terapia. Estas são algumas das palavras associadas a este problema e tão presentes na ordem do dia. Levando em conta estudos recentes, 1 em cada 8 crianças nos Estados Unidos sofre de depressão, assim como cerca de 15 milhões de adultos neste país, sendo este o principal factor apontado nas causas de suicídio, que afectam mais de um milhão de pessoas só nos EUA. Uma névoa de tristeza e vazio envolve as coisas das quais retiramos a nossa satisfação mais básica e começa a levar-nos a energia, o sono e a memória e a nossa vontade de trabalhar, amar, e por último, viver. Há cerca de 200 anos, com a revolução industrial, passámos de artesãos para peças de uma linha de montagem, e o nosso corpo adaptou-se a este estilo de vida, mas conseguiu o nosso cérebro acompanhar? O mundo evoluiu para uma aldeia global, o sentimento de pertença anda muitas vezes de mão dada com um universo virtual, pelo que é

O meu dia foi produtivo?

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Quantas vezes já chegaram ao final do dia e pensaram sobre se o dia foi produtivo? Consoante o caso mediram este factor certamente pela quantidade de assuntos, clientes, negócio ou até valores envolvidos. Mas já pararam para pensar o que é ser produtivo? Somos pessoas e não máquinas, e como tal, ser mais produtivo não pode ser medido apenas por números, seja de clientes, vendas ou pela entrega de resultados, mas sim pela forma como conseguimos fazê-lo com menos desgaste, mantendo a qualidade do produto ou serviço. O aumento por si só não é sinónimo do aumento da produtividade, pode até ser prejudicial a longo prazo, pois este processo implica uma evolução contínua enquanto profissional. O primeiro factor para o aumento da produtividade é a análise. Em termos corporativos significa uma análise estratégica, ter as pessoas certas nos lugares certos em nome de uma estratégia comum, em termos pessoais, significa uma análise dos hábitos, investindo o foco e a energia nas tarefas certa

Se não está online, não existe!

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Sempre que se elenca uma hierarquia de necessidades pensamos na pirâmide de Maslow, e pessoalmente, sempre achei muito interessante como ele conseguiu estratificar e organizar as nossas necessidades desta forma. Maslow dividiu as diferentes necessidades em: Necessidades fisiológicas, necessidade de segurança, necessidades sociais, necessidade de auto-estima e necessidades de auto-realização: •Necessidades fisiológicas: São necessidades básicas de qualquer ser humano, como comida, bebida, sono, sexo e abrigo. Fundamental para o funcionamento normal do nosso cérebro e corpo. •Necessidade de segurança: Procuramos e queremos ter segurança no trabalho, nos relacionamentos, em casa ou numa viagem. Quando nos sentimos ameaçados na nossa segurança, esse receio paralisa-nos e não nos deixa atingir os nossos objectivos e sonhos. •Necessidades sociais: Ao longo da nossa vida procuramos pertencer, procuramos aceitação, seja na escola ou mais tarde em contexto laboral e social. •Necessid

Vou ao psicólogo...da minha empresa?!

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"A organização do trabalho exerce sobre o homem uma acção específica, cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições emerge um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual, portadora de projectos, de esperanças e de desejos e uma organização do trabalho que os ignora." Christophe Dejours O psicólogo numa empresa tem tradicionalmente um papel primordial no recrutamento e selecção, e raras vezes na orientação das suas equipas alinhando-as com objectivos da organização. Esta visão estereotipada do papel do psicólogo resulta muitas vezes apenas e só do facto de muitos de nós já termos passado por um processo de recrutamento e selecção com profissionais de psicologia, mas o papel de um psicólogo numa organização pode e deve ser mais amplo. Hoje em dia as empresas sentem, mais que nunca, a necessidade de desenvolverem e potencializarem as capacidades de cada um dos colaboradores, melhorando as relações interpessoais, a comunicação e, c

Ansiedade

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“Sinto-me ansioso”, é uma expressão comum no dia-a-dia para descrever um estado geral, mas que muito frequentemente é acompanhada por outros transtornos, tornando o diagnóstico uma missão difícil de completar, principalmente em casos de abuso de álcool ou drogas. No geral é um quadro bastante comum, o que por si só traz a quem o sente uma sensação que não está sozinho no mundo e que outras pessoas passam pelos mesmos sintomas, subestimando por vezes a necessidade de recorrer a ajuda profissional, até que acaba por limitar por completo o seu quotidiano. A pulsação acelerada, os suores, a tensão muscular acompanhada das dificuldades de concentração e irritabilidade são sinais, entre outros, de que um quadro de ansiedade está a instalar-se.  Quando é suficientemente intensa leva a que as pessoas acabem por mudar os seus comportamentos, adoptem estratégias de evitamento, ou mesmo de fuga, o que contribui para um certo isolamento e sentimentos mais depressivos. A ansiedade, na sua

MillennialZ

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A melhor forma de caracterizar a geração Z é dizer que cresceu com o mundo no bolso, onde qualquer dúvida está à distância de uma pesquisa rápida no telemóvel, escutando o que se passa em redor através dos  headphones . A informação é tanta que varia desde um tutorial sobre como atar um sapato até ao como fabricar uma bomba caseira, estando nas suas mãos, ou pontas dos dedos, a forma como se querem “auto-educar”. Sendo um pioneiro da geração anterior, os “millennials”, supostamente a mais bem preparada de todas, olho para os pioneiros desta geração, muitos deles a saírem da faculdade para o mercado de trabalho, com a nostalgia de quem sente o passar de testemunho. Falar de gerações é falar de mudanças de paradigma, quer a nível tecnológico e político, mas também ao nível da educação. Nunca os pais sentiram tanta dificuldade em lidar com o “online vs offline”, substituindo a partilha em família e o respeito pela intimidade de cada um, por um controlo que lhes é quase imposto pela m