Se não está online, não existe!
Sempre que se elenca uma
hierarquia de necessidades pensamos na pirâmide de Maslow, e pessoalmente,
sempre achei muito interessante como ele conseguiu estratificar e organizar as nossas
necessidades desta forma. Maslow dividiu as diferentes necessidades em:
Necessidades fisiológicas, necessidade de segurança, necessidades sociais,
necessidade de auto-estima e necessidades de auto-realização:
•Necessidades fisiológicas: São
necessidades básicas de qualquer ser humano, como comida, bebida, sono, sexo e
abrigo. Fundamental para o funcionamento normal do nosso cérebro e corpo.
•Necessidade de segurança: Procuramos
e queremos ter segurança no trabalho, nos relacionamentos, em casa ou numa
viagem. Quando nos sentimos ameaçados na nossa segurança, esse receio paralisa-nos
e não nos deixa atingir os nossos objectivos e sonhos.
•Necessidades sociais: Ao longo
da nossa vida procuramos pertencer, procuramos aceitação, seja na escola ou
mais tarde em contexto laboral e social.
•Necessidades de auto-estima: Trata-se
do reconhecimento através das nossas qualidades pessoais e profissionais.
Sentirmo-nos bem connosco mesmos é uma das necessidades mais árduas e mais
gratificantes para o ser humano, aceitando-se consciente das suas falhas. Quando
procuramos a aceitação no patamar anterior corremos, por vezes, o risco de nos
deixar em segundo plano, o que muitas vezes não nos deixa atingir este estádio
na plenitude.
•Necessidade de auto-realização: Sentir-se
bem, realizado e feliz.
Maslow nos anos 50 e 60
desenvolveu e aprimorou esta teoria (hoje muito usada também em contexto
empresarial) pois, quando o ser humano não tem suas necessidades satisfeitas,
isso afecta directamente o seu comportamento de uma maneira negativa, deixando-o
desmotivado e improdutivo.
Segundo a Teoria de Maslow os funcionários
precisam de um salário que cubra as despesas básicas de sobrevivência. Satisfeitas
estas necessidades, precisam de outros incentivos que os motivem a desempenhar
melhor as suas funções, como oportunidades de crescimento na empresa, bem como factores
que garantam a estabilidade e segurança no local de trabalho. O topo da
pirâmide é a necessidade de participar nos resultados da empresa e sentir-se
integrado e participante na sua equipa. Caso isso não aconteça, mesmo a
organização oferecendo bónus e regalias, os funcionários vão sentir-se
frustrados e não atingirão o seu máximo potencial.
Existem algumas versões dessa
pirâmide, adaptada aos mais variados contextos. Alguns estudos, realizados com
estudantes universitários e jovens no mercado de trabalho, têm demonstrado que
o acesso à internet é apontado como um recurso tão importante como alimento,
água ou abrigo. Esta é uma necessidade transversal que, para muitos, é a forma
como se sentem ligados ao mundo que os rodeia e onde se sentem aceites. Olhei
com curiosidade para a recente falha do WhatsApp no início deste mês, a comoção
que gerou e as dezenas de rumores e notícias sobre o que tinha originado esse
acontecimento e lembrei-me da versão 2.0 da pirâmide, que inclui o WiFi e a bateria
na base das necessidades. O significado que estes novos estádios estão a dar à
nossa existência e à forma como nos relacionamos, transformaram uma piada
ligeira numa verdade absoluta: “Se não está online, não existe!”.
Comentários
Enviar um comentário