Resoluções de ano novo: Sim ou Não?

É este o momento em que um pouco por toda a blogosfera se publicam as dicas, os 5 ou 10 passos ou até apps que nos irão guiar pelo processo de resoluções para o ano de 2018. Muitas pessoas traçam objetivos no início do ano, escrevem-nas num papel e focam-se neles durante o mês de janeiro. Caso você não utilize uma metodologia correta de base e esteja habituada a atingir objetivos desta forma, aconselhamos que guarde esse papelinho, prepare a sua bebida preferida e relaxe no sofá, pois não irá ser bem-sucedido(a); aliás, os estudos indicam que apenas 5 em cada 100 consegue. Então o que faz uma pessoa acreditar que o novo ano vai ser diferente, e sentir uma energia diferente para investir nos nossos projetos?
Existem inúmeros fatores, muitos deles fora do nosso alcance, mas muitas vezes são os que efetivamente dependem de nós que nos fazem desistir a meio. Se pensarmos bem, não é por estar a acabar um ano e a começar outro que temos de mudar. Primeiro que tudo somos nós que temos de sentir essa motivação interna independentemente de amanhã ser 1 de janeiro ou qualquer outro dia do ano e para isso um simples exercício de coaching é suficiente para deitar alguma luz sobre o caminho a seguir, com a seguinte questão: onde quero estar daqui a 5 anos? Parece simples, mas é uma pergunta muito poderosa e é um exercício de visualização que, feito da forma correta, traz inúmeros benefícios e norteia, por exemplo gestores e atletas de topo ao longo do seu percurso de conquistas.
Outro aspeto a levar em conta é a forma como encaramos o nosso objetivo. Vamos pegar num exemplo comum como escrever no tal papel “quero perder 10kg ou 20 kg” e começamos logo mal na génese do nosso objetivo na medida em que perder seja o que for tem uma conotação negativa associada. Devemos, sim, desejar chegar aos 60 kg ou aos 70kg, ou seja qual for o peso que considerem ideal. Depois temos de ter uma noção clara do porquê, ou melhor, porque é que é um objetivo importante e definir datas e metas exequíveis no percurso, pois não adianta definir que iremos ao ginásio 3 vezes por semana no final do expediente se todos os dias ficamos a trabalhar até quase à hora de jantar.
Devemos também pensar no que estamos dispostos a abrir mão para lá chegar, por exemplo acordar mais cedo para fazer exercício, deixar o saco do ginásio preparado no dia anterior, preparar um lanche saudável em vez de “atacar” a máquina de vending, e a esta mudança de hábitos chama-se sair da nossa zona de conforto, que é essencial para qualquer processo de mudança. E apesar de a motivação intrínseca ser a mais importante (e que perdura no tempo) a motivação externa também tem um papel relevante uma vez que nós somos influenciados pelas pessoas que nos rodeiam e está na nossa mão rodearmo-nos de quem nos motiva e nos dá feedback positivo, ou até quem já tenha passado pelo mesmo processo e tenha sido bem-sucedido(a).
Construir hábitos, manter a motivação e também o foco exige treino. Visualizar apenas a meta não é suficiente, importa também visualizar todo o percurso e todos os obstáculos exteriores e interiores ao invés da viagem calma e tranquila que preconizamos nos nossos sonhos e muitas vezes a ajuda de um profissional é absolutamente essencial para podermos dispor de mais ferramentas para alcançar a mudança e o sucesso.

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